segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ECO-CIDADES - PODERÃO EXISTIR?

Caros Leitores,

Fala-se muito em sustetabilidade, ecologicamente correto, eco-cidades e assim por diante.

Pois bem, os artigos sobre eco-cidades que ate mim chegam pela mídia acho um tanto repetitivos e com pouca inovação, porém, olhem o que encontrei de nossos irmãos Portugueses!!!!

Leiam neste artigo sobre o Projeto em andamento de uma eco-cidade em Portugal, que não poderia de ser em outro local, se não na cidade do Porto.........Boa Leitura!!!!!


Cidade do Porto - Rio D' ouro

Portugal planeja construir eco-cidade com cérebro próprio para tomada de decisões
Os Emirados Árabes e a China planejam erguer suas próprias eco-cidades (cidades ecológicas), mas a de Portugal deve se tornar a primeira completamente construída até 2015, a previsão é de que abra as portas já no próximo ano.
Na eco-cidade de Parede, no distrito do Porto, a água será tratada com energia renovável e os edifícios terão telhados cobertos com plantas para reduzir a temperatura local e também para absorver os poluentes e a água proveniente da chuva.
Moderno Aeroporto/Metro do Porto "sustentável"
Estas são algumas características semelhantes a outras eco-cidades, mas o diferencial da PlanIT Valley, como é chamada a versão portuguesa, será seu cérebro. O complexo utilizará dados coletados por uma rede de sensores, semelhante a um sistema nervoso, para controlar a geração de energia e da água e o tratamento de resíduos como se fosse um “metabolismo urbano”, cita o executivo-chefe da empresa responsável pela execução do projeto, Steven Lewis, da Living Planit Divulgação.

Sensores em cada um dos prédios serão capazes de medir a ocupação, a temperatura, a umidade e a energia consumida. E essas informações poderão ser usadas para controlar a cidade toda: se um sensor mostrar que ao nível de água está baixo em um edifício, o sistema vai transferir a água de outro prédio que a tenha em excesso.
De acordo com os fabricantes, uma central urbana vai processar todos os dados coletados pelos sistema de sensores –cerca de 5 petabytes diários. E, para prevenir problemas com coletivos, cada prédio terá sua própria unidade computadorizada que funcionará individualmente.
Além disso, a PlanIT Valley terá câmeras de monitoramento que serão capazes de localizar crianças perdidas em shoppings centers, por exemplo, e cruzar dados como roupa e aparência para ver se se enquadram na descrição do pequeno.
Segundo o projeto, a cidade também terá capacidade para reciclar ou transformar em energia 80% do lixo.

Com enzimas para estimular micróbios a digerir o lixo, surgirão resíduos que poderão ser fermentados ou destilados em biocombustíveis e usados em carros ou na geração de eletricidade.

Já os restos que não podem ser digeridos serão aquecidos em um reator a 400 ºC, sem a presença de oxigênio, um processo conhecido como pirólise, para gerar energia ou mesmo fertilizantes.

Nem mesmo a separação de lixo que estamos acostumados a fazer com plásticos e vidros será necessária. Todo material passaria por uma central que eliminaria a contaminação orgânica, resultando em mais material reciclável no final do processo.

sábado, 9 de outubro de 2010

DESASTRE AMBIENTAL NO RIO DANUBIO

Meus amigos,
a todo momento somos informados sobre o vazamento de material tóxico na Hungria e a possível contaminação do Rio Danúbio. Pois bem, para ajudar em nossa opinião sobre o assunto, segue abaixo um "resumo" de quem é e o que representa o Rio Danúbio e as possíveis consequências de sua contaminação. Boa Leitura.

Quem é o Rio Danúbio
O Danúbio é o segundo rio mais longo da Europa (depois do Volga), e tem entre 2 845 e 2 888 quilômetros de extensão, atravessando o continente de oeste a leste, desde sua nascente na Floresta Negra (Alemanha) até desaguar no Mar Negro, no Delta do Danúbio (Romênia). O rio passa por diversas capitais da Europa e constitui a fronteira natural de dez nações. As mais importantes cidades nas suas margens são Ulm, Ingolstadt, Ratisbona, Linz, Viena, Bratislava, Budapeste, Novi Sad, Belgrado, Ruse, Brăila e Galaţi. O Danúbio é uma importante via comercial. Sua bacia hidrográfica se estende por 796 000 km². Seu fluxo médio é de 6 700 m³/s.

Um breve histórico do acidente
O reservatório de onde vazou a lama tóxica na Hungria esta semana já tinha aparecido em uma lista, em 2006, de 150 pontos industriais sob risco de acidentes que pudessem contaminar o rio Danúbio, segundo um grupo ambientalista citado pelo jornal “New York Times”. O grupo Comissão Internacional para a Proteção do Rio Danúbio coordena atividades de conservação entre os 14 países por onde passa o Danúbio – segundo maior rio da Europa – ou seus afluentes. A região do Danúbio é cercada por fábricas e refinarias remanescentes do período comunista, algumas já desativadas, mas outras ainda em operação – e com suas instalações ficando cada vez mais velhas e sujeitas a acidentes.

“Países e empresas vêm tentando progressivamente lidar com esse problema, mas, claramente, quaisquer ações que tenham sido tomadas aqui não foram o suficiente”, disse ao “NYT” Philip Weller, secretário -executivo da comissão, com sede em Viena. “Isso reitera pra nós a necessidade de adotar medidas preventivas.”

O vazamento

A lama vermelha vazou na segunda-feira (4), após o rompimento de um reservatório de uma refinaria de alumínio na cidade de Ajka (160 km a oeste de Budapeste), na Hungria. O incidente já deixou quatro mortos e cerca de 150 feridos. A União Europeia e autoridades ambientais temem uma catástrofe ambiental afetando meia dúzia de países se a lama vermelha contaminar o Danúbio.


O material tóxico alcançou o rio Danúbio nesta quinta-feira (7), após causar estragos em rios menores e lagos. Os países rio abaixo começaram a se preocupar com a qualidade de suas águas. Autoridades da Croácia, Sérvia e Romênia recolheram amostras do rio hoje. Depois do local do acidente, o Danúbio passa dentro ou pelas margens do território da Croácia, Sérvia, Bulgária, Romênia, Moldova e Ucrânia, a caminho do Mar Negro.

A lama vermelha atingiu os afluentes a oeste do Danúbio no começo desta quinta-feira e o leito mais largo e principal por volta do meio-dia, informou Tibor Dobson, porta-voz das equipes de emergência da Hungria, à agência de notícias estatal MTI. A esperança é de que o grande volume de água do Danúbio consiga reduzir o impacto do vazamento.

Estragos ambientais
O pH neutro para a água é de 7, com leituras normais variando de 6,5 a 8,5 – sendo cada vez mais ácido em direção ao 0, e mais alcalino em direção ao 14. Cada valor de pH é dez vezes o valor anterior, então um pH de 13 é 1.000 vezes mais alcalino que um pH de 10.

Dobson disse que pH da lama vermelha chegando ao Danúbio foi reduzido ao ponto em que é improvável que cause mais estragos ambientais. Anteriormente, o pH tinha sido de 13, e agora estaria abaixo de 10, e nenhum peixe morto foi encontrado na área onde o material adentrou o Danúbio, disse ele.

Dobson disse que houve alguns casos de peixes mortos nos rios Raba e Mosoni-Danúbio. Ele disse que todos os peixes morreram no rio menor Marcal, que foi o primeiro atingido pelo vazamento. Peixes mortos – Equipes trabalhavam para reduzir a alcalinidade do vazamento, colocando centenas de toneladas de gesso e ácido acético (vinagre).

O pH da substância ao chegar aos rios Raba, Mosoni-Danúbio e Danúbio estava ao redor de 9.

Dados recentes do órgão responsável pelas águas, informados pela agência de notícias MTI, mostrava os níveis de pH chegando a um máximo de 9,65 no rio Mosoni-Danúbio na cidade de Gyor. Eles foram medidos em 8,4 no Danúbio.

A Academia Húngara de Ciência disse que amostras da lama tiradas a dois dias mostram que a concentração de metais pesados “não chega perto” de níveis considerados perigosos ao ambiente. Mas a instituição disse hoje que ainda considera o material perigoso – aparentemente devido a suas características cáusticas.

Extensão do estrago
Especialistas afirmam que grandes danos para além das fronteiras da Hungria são improváveis, mas que a ameaça deve ser monitorada de perto.

“Está claro que as consequências disso são maiores na área local, e que as implicações no nível além das fronteiras, pelo que entendemos, não serão signficativas – o que não significa que não existam”, disse Philip Weller, secretário-executivo da Comissão Internacional para a Proteção do Rio Danúbio.

“Com base em nossas estimativas atuais, a poluição vai ficar contida na Hungria, e também confiamos que vá chegar a Budapeste com valores de pH aceitáveis”, disse Gabor Figeczky, diretora do grupo ambientalista WWF na Hungria. (Fonte: Folha.com)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

DESPOLUIÇÃO DA ÁGUA COM CASCA DE CRUSTACEOS

Caros Amigos,

achei muito interessante esta pesquisa, vamos torcer para existam verbas e incentivos para sua continuidade, pois parece haver ganho ambiental para todos.

Fibra de crustáceos pode despoluir rios contaminados com metais pesados

Uma fibra retirada de crustáceos, como camarão e lagosta, pode ajudar a despoluir rios e lagos contaminados por metais pesados, de acordo com uma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

A fibra, chamada quitosana, é abundante na natureza e comumente usada pela indústria farmacêutica para outras finalidades.

“Ela é extraída da casca de crustáceos, como caranguejos, que são descartados pela indústria pesqueira”, disse a pesquisadora Elaine Nogueira Lopes de Lima, que apresentou o trabalho como tese de doutorado em química.

Para extrair da água metais como cobre e chumbo, que podem contaminar animais e plantas nas proximidades, a quitosana é alterada quimicamente, ficando com capacidade de “aderir” a esses elementos.

“A quitosana é usada em forma de pó. Quando jogada na água, os metais grudam nas moléculas”, disse Lima.
Em seguida, é feita uma filtragem para retirar o pó com metais pesados absorvidos.

O pó da fibra pode ser reutilizado depois de retirados os metais pesados.

Com os resultados positivos, a pesquisadora já planeja testar outras reações em misturas com quitosana, desta vez em fármacos. O objetivo é que o tratamento nos rios seja ampliado para substâncias tóxicas desta área. (Fonte: Maurício Simionato/ Folha.com)